sábado, 14 de março de 2009

JACARANDÁ

Árvore frondosa, forte.
Madeira de lei.
Majestosa, eleva-se em direção ao céu,
Em direção às nuvens, aos pássaros.
Percebam sua majestade, sua imponência.

Jacarandá.
Meu amigo, Jacarandá.
Me deu abrigo, me deu guarida,
Me deu sombra, me deu consolo.
Ouviu meus lamentos,
Sentiu meus tormentos,
Ali, sempre quieto, sempre amigo.
Sua energia me revigorava,
Pois quando eu o abraçava,
Era como se sua seiva
Corresse por dentre minhas veias.

Jacarandá amigo,
Tantos anos já se passaram,
Mas nunca lhe esqueci.
Só espero, do fundo do coração,
Que a maldade do homem
Não tenha lhe tocado,
Lhe exterminado...
Pois assim, quem sabe um dia,
Você poderá fazer companhia
A alguém, que como eu,
Preferia contar a você,
Suas mágoas, suas alegrias.
Preferia dividir com você
Os amores, os dissabores,
Mas que um dia dormiu
E não mais acordou.
Quando percebeu,
Estava no alto,
Voando e lhe dizendo adeus.
Eu sei, meu amigo,
Que você nunca
Esta carta irá receber,
Mas quero que todo mundo saiba,
Que enquanto eu viver,
Nunca, mas nunca mesmo,
Vou lhe esquecer.

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