sábado, 14 de março de 2009

PLANETA MUNDO

— Onde te perdemos?
— Por que te perdemos?
— Que controles falharam? pergunta, perplexo, o homem ao homem, a respeito das intempéries do seu planeta.
— Onde erramos? Que cálculo não efetuamos? Ou teremos efetuado errado? pergunta o homem inteligente materialmente, mas ignorante espiritualmente.
Nele, pulsam células metálicas, pois metálico é o seu pensamento, impregnado que está da artificialidade da vida moderna em que vive.
E jura, acreditando-se feliz e sábio.
E jura, acreditando ser o maior e estar produzindo o melhor de si.
Quão tolo é você, homem!
Quão vaidoso e orgulhoso é você, homem!
Muito há que ser aprendido sobre este planeta por você.
Muito há que ser feito a esse planeta por você, homem. Principalmente a sua reconstrução, já que nada disso foi construído por você.
O que acontecerá com sua conta bancária, se amanhã a chuva ácida tocar o seu telhado?
O que acontecerá com o seu emprego, se amanhã a Antártida degelar-se por completo?
O que acontecerá com o seu carro, se amanhã mais árvores forem arrancadas homicidamente de seus lugares, se os pássaros e outros animais forem desabrigados de seus mundos?
Nada, homem.
Pois você preocupa-se somente com o que tolhe sua liberdade, na materialidade do seu poder.
Enquanto nós envenenarmos o planeta com a poluição, enquanto os oceanos forem danificados em sua pureza, enquanto a vida for destruída pelo despotismo de sua vaidade imensurável, homem, muitos homens serão mortos, e mais homens serão mortos no futuro, e os filhos destes homens e seus filhos serão mortos.
A insensatez e a estupidez de suas atitudes não o levarão a fim melhor, também.
Também você, homem, um dia pagará, ceitil por ceitil o que a esse planeta fez.
Mas há tempo...
A natureza é mãe bondosa que, ansiosa, espera pelo dia de poder recomeçar junto com você, homem.
Dê uma chance a ela.
Dê uma chance à vida
Dê uma chance a você.

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