sexta-feira, 6 de março de 2009

Deslumbramento


Levado pela brisa, hei-de ir um dia,

Assim junto de ti, devagarinho,

E recitar-te, como quem cicia,

O meu poema, feito de carinho!

Ao acordares, escutando a poesia,

Estendes-me o teu rosto de mansinho;

E enquanto a minha mão te acaricia,

Em paga, me darás terno beijinho.

Voltas a adormecer depois, e então,

Vais sonhar que não sou mera ilusão,

E eu fico a contemplar o teu sorriso!

Enternecido, eu vou também sonhar,

Que por breves instantes fui parar

Na tua companhia… ao Paraíso!

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